quarta-feira, 3 de agosto de 2016

República da Transtuk-tuklândia episódio 2

Eh! ...Oh!...Essssa merda...bora...E a camioneta arranca levando o lixo papelão da manhã. Perto, as “gajas” em calção/cueca/loiras fotografam Santo António cada vez menos beato, com tanta carne exposta. Dois pedreiros limpam a calçada com uma máquina excessivamente barulhenta. Retiram o cimento que ficou, por descuido e falta de qualidade das obras anteriores que deixaram o granito branco. Afinal a intenção era uma rua em feldespato! O polícia municipal continua a teclar smartphone, motas aceleram a seco com decibéis acima de qualquer norma, tunnings descem do Castelo anunciando os egos musicais dos carros brancos, o polícia municipal, tecla. Vai-se assim, a tarde, até que chegue guantanamera em concerto para USB, acordeão romeno e sax, flautas típicas de, Coimbra é uma canção, o introvertido dos 7 instrumentos. Alguma calmaria até à meia noite quando são despejados os vidrões e, para fechar a noite, o verdadeiro lixo, arrastado pela calçada, dezenas de metros, acordando toda a gente. Rodas duras em chão duro uma espécie de minimal(maximal) repetitivo sonoro. Será que o vereador do lixo sabe da existência de rodas de borracha no mundo? Assim segue a noite com muita cantiga/álcool debaixo da janela até o despertador do motor frigorífico do camião da carne estacionado perto. Motor para boi ouvir, muitos decibéis acima do suportável. A República da Transtuk-tuklândia caracteriza-se pelo total liberalismo e liberdade de actuação das corporações. Tudo a bem da concorrência saudável. Os moradores que vão morar para lá de Moscavide.

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